segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Imagem retangular de uma parte de uma parede em tom avermelhado, contendo no centro uma parede de concreto em tons avermelhados como terra, com o revestimento quebrado no centro expondo tijolos e encanamento – a forma lembrando a anatomia visceral humana.

 

Exposição "Feridas Urbanas"


Neste segundo semestre de 2021, a Galeria Cañizares permaneceu fechada ao público externo. No entanto, as atividades expositivas remotas continuaram. O cronograma de exposições foi definido com base na consulta interna realizada em junho deste mesmo ano, com início em setembro e fim previsto para dezembro. A Galeria continua ativa conforme o Plano de Contingência da UFBA.



A temporada 2021.2 foi inaugurada com a exposição "Feridas Urbanas: uma poética da presentificação pela negatividade da forma", de Paulo Guinho. 



Artista, professor adjunto da Escola de Belas Artes da UFBA, investigador pela CAPES. Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela FACEBA e Mestre em Artes Visuais pelo PPGAV-EBA-UFBA. Desenvolve sua tese de Douturado pelo PPGAV direcionando sua investigação em processos criativos relacionada à arte contemporânea, tendo a cidade como fonte referencial fornecendo os elementos necessários que configuram o lugar praticado como corpo de concretude, onde se debruça sobre aspectos relacionados às feridas urbanas. Nesta proposta, seu trabalho parte da relação simbiótica entre o processo criativo e o domínio técnico, o que direciona suas experimentações com reflexões sobre suas práticas e conceitos que surgem desse debate entre memória, materialidade, suportes e linguagens. Como produto de suas experiências artísticas, teve passagens por exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior.


Durante o mês de agosto de 2021, a exposição ocupou o espaço da Galeria Cañizares, e a visitação virtual tomou forma de uma peça audiovisual realizada pelo coordenador Prof. Dr. Cristiano Piton, que está disponível no canal do YouTube, neste link. No vídeo, Paulo Guinho nos conduz através de cada uma das salas, contando sobre seus processos investigativos e de criação.


Foram ocupadas três salas da Galeria, cada qual com uma série de objetos escultórios em relevo, conforme os três estágios definidos neste trabalho. 


A primeira sala, "Corpo de Concretude", contém uma série que revela as feridas e mazelas da cidade em uma aproximação com a anatomia humana — a cidade como organismo vivo, indo além de suas estruturas materiais, compreendendo também a vida e os corpos que perpassam pela mesma.


"Salvador — Valência" é o nome da segunda sala, que traz a vivência do artista do projeto chamado "Entre Cidades", fruto de sua experiência em Valência, na Espanha. Nesta série a fundição artística é apresentada em sua potência de representação — muito além de apenas técnica ou processo artístico, contendo peças em ligas metálicas, assim como  de fundição a frio como polímeros, epóxis e resinas — cada uma delas correspondendo a pontos específicos da cidade, pelos quais o artista transitou durante sua estada de nove meses. Entre estas, uma série de escayolas, tradicionalmente etapas do processo de fundição, como objetos representativos. 


Somos então conduzidos pelo artista para a terceira sala, chamada "Trilhos da cidade", com obras que evidenciam a relevância do deslocamento, da memória e patrimônio em sua poética. A investigação culmina com cinco ações que definem o "Fluxo contínuo", de acordo com Paulo Guinho:


Conhecer

Criar

Fazer

Refletir

Apresentar


A tese completa está disponível aqui. Você também pode acompanhar o trabalho de Paulo Guinho através do Instagram @paulo.guinho. Lembrando que a visita guiada está disponível no canal da Galeria Cañizares no YouTube. Aguardamos sua visita!


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