Guilherme Almeida. À esq.: Maria Auxiliadora (Série Destruição dos Mercados I), 2022. Acrílica e acrílica alto relevo sobre jornal, 84 x 59 cm. À dir.: Sem título (Série Onegro), 2022. Acrílica e acrílica alto relevo sobre tela, 130 x 100 cm.
Guilherme Almeida. Sem título (Série Das Coisas Que As
Mamães Me Ensinaram), 2021. Acrílica, acrílica alto relevo e renda sobre tela,
70 x 50 cm.
Tz Krill. À esq.: Divinumatu (Série Dimensões), 2023. Técnicas digitais de recorte, espelho e sobreposição de sombras, 43 x 58 cm. À dir.: Pega a visão (Série Dimensões), 2021. Técnicas digitais de recorte, espelho e sobreposição de sombras, 55 x 42 cm.
Fayola Caucaia. Deyse, 2021. Fotografia digital, edição com
manipulação de cores, recorte e colagem digitais, 40 x 30 cm.
Fayola Caucaia. Salve Trava, 2022. Fotografia digital, edição com manipulação de cores, recorte e colagem digitais, 40 x 30 cm. À dir.: O B.O. do mundo é o macho branco, 2022. Fotografia digital, edição com manipulação de cores, recorte e colagem digitais, 40 x 30 cm.
Hoje, 16/08, às 17h, é a abertura da
exposição coletiva “Apropriar-se”, na Galeria Cañizares da Escola de Belas
Artes da UFBA.
Identidade é o tema condutor da
exposição, a qual tem a curadoria de JANAYNA ARAUJO e obras dos artistas GUILHERME
ALMEIDA, TZ KRILL e FAYOLA CAUCAIA.
GUILHERME ALMEIDA retrata em suas
pinturas o afeto, pressuposto para a ruptura com o imaginário estereotipado que
se tem do homem preto, ao passo que, seguindo essa toada, exalta a figura deste
indivíduo por meio de uma ótica que evidencia seu esforço pela naturalização de
uma obviedade: estas pessoas são legítimas à dignidade de uma vida harmoniosa.
TZ KRILL, por sua vez, ao pensar a
identidade sob a ótica da ancestralidade, traz em suas fotomontagens
construções artísticas concebidas em paralelo com a estrutura da língua
utilizada pela civilização Akan, o Adinkra. Trata-se de uma língua que se
constitui em ideogramas, tendo cada símbolo diferentes significados. Estes
derivam de provérbios, fatos históricos e comportamentos humanos o que
caracteriza, em suma, uma tecnologia capaz de representar o sentido através do
conteúdo imagético.
FAYOLA CAUCAIA, por fim, retrata a
transexualidade ou, de maneira mais ampla, a travestilidade, enquanto lugar de
poder e também de resistência. Embora seja reivindicada, a identidade em sua
produção de fotografias e fotomontagens é constituída pela inquietação de uma
socialização, por muitas vezes, marcada pelo isolamento e a condição de solidão
delegada aos corpos dissidentes.
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