quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Abertura da exposição “Apropriar-se”

 

Guilherme Almeida. À esq.: Maria Auxiliadora (Série Destruição dos Mercados I), 2022. Acrílica e acrílica alto relevo sobre jornal, 84 x 59 cm. À dir.: Sem título (Série Onegro), 2022. Acrílica e acrílica alto relevo sobre tela, 130 x 100 cm.

Guilherme Almeida. Sem título (Série Das Coisas Que As Mamães Me Ensinaram), 2021. Acrílica, acrílica alto relevo e renda sobre tela, 70 x 50 cm. 


Tz Krill. À esq.: Divinumatu (Série Dimensões), 2023. Técnicas digitais de recorte, espelho e sobreposição de sombras, 43 x 58 cm. À dir.: Pega a visão (Série Dimensões), 2021. Técnicas digitais de recorte, espelho e sobreposição de sombras, 55 x 42 cm.


Fayola Caucaia. Deyse, 2021. Fotografia digital, edição com manipulação de cores, recorte e colagem digitais, 40 x 30 cm.


   

Fayola Caucaia. Salve Trava, 2022. Fotografia digital, edição com manipulação de cores, recorte e colagem digitais, 40 x 30 cm. À dir.: O B.O. do mundo é o macho branco, 2022. Fotografia digital, edição com manipulação de cores, recorte e colagem digitais, 40 x 30 cm.


Hoje, 16/08, às 17h, é a abertura da exposição coletiva “Apropriar-se”, na Galeria Cañizares da Escola de Belas Artes da UFBA.

Identidade é o tema condutor da exposição, a qual tem a curadoria de JANAYNA ARAUJO e obras dos artistas GUILHERME ALMEIDA, TZ KRILL e FAYOLA CAUCAIA.

GUILHERME ALMEIDA retrata em suas pinturas o afeto, pressuposto para a ruptura com o imaginário estereotipado que se tem do homem preto, ao passo que, seguindo essa toada, exalta a figura deste indivíduo por meio de uma ótica que evidencia seu esforço pela naturalização de uma obviedade: estas pessoas são legítimas à dignidade de uma vida harmoniosa.

TZ KRILL, por sua vez, ao pensar a identidade sob a ótica da ancestralidade, traz em suas fotomontagens construções artísticas concebidas em paralelo com a estrutura da língua utilizada pela civilização Akan, o Adinkra. Trata-se de uma língua que se constitui em ideogramas, tendo cada símbolo diferentes significados. Estes derivam de provérbios, fatos históricos e comportamentos humanos o que caracteriza, em suma, uma tecnologia capaz de representar o sentido através do conteúdo imagético.

FAYOLA CAUCAIA, por fim, retrata a transexualidade ou, de maneira mais ampla, a travestilidade, enquanto lugar de poder e também de resistência. Embora seja reivindicada, a identidade em sua produção de fotografias e fotomontagens é constituída pela inquietação de uma socialização, por muitas vezes, marcada pelo isolamento e a condição de solidão delegada aos corpos dissidentes.



Nenhum comentário:

Postar um comentário